Em jogo eletrizante, Cruzeiro arranca empate e atrapalha Tricolor
Data 06-10-2011
Depois de abrir o placar com Keirrison, e dogoleiro Fábio defender um pênalti cobrado por Luís Fabiano, parecia que a maré de azar do Cruzeiro iria acabar, mas o jogo desta quarta-feira diante do São Paulo teve alternâncias no placar no segundo tempo e acabou com um empate por 3 a 3, que impediu o primeiro triunfo da Raposa no returno do Brasileiro e evitou a aproximação do Tricolor na busca pela liderança.
Na sequência do Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro terá uma semana para se preparar para o duelo contra o Bahia, em Pituaçu. Já o São Paulo vai receber o Internacional, na quarta-feira da próxima semana, em partida marcada para a Arena Barueri.
O Jogo - Mesmo atuando fora de casa, o São Paulo não se intimidou e, com maior posse de bola, manteve o equilíbrio no início do jogo, não aceitando a pressão cruzeirense. Aos oito minutos, Jean teve a primeira chance de marcar em chute cruzado, que assustou o goleiro Fábio, porém, o time mineiro foi mortal no momento em que chegou ao ataque.
Aos 12, Montillo foi à linha de fundo e cruzou na medida para Keirrison, que não perdoou, e abriu os trabalhos na Arena do Jacaré, levando a torcida à loucura nas arquibancadas. O gol deu confiança para o Cruzeiro, que melhorou na partida, dando mais dinamismo ao jogo. O crescimento cruzeirense, no entanto, não diminuiu o ritmo do Tricolor, proporcionado assim um bom jogo na fria Sete Lagoas.
Aos 23, depois de boa troca de passes, Jean apareceu livre na direita, e soltou um petardo, que explodiu na trave do arqueiro cruzeirense. A resposta veio no minuto seguinte com o argentino Farías, que dentro da área desperdiçou uma grande oportunidade de ampliar o marcador. Aos 29, em contra-ataque em altíssima velocidade, Cícero tentou driblar Fábio e foi derrubado, o árbitro Paulo Godoy Bezerra não titubeou e marcou o pênalti.
Na cobrança, Luís Fabiano ficou com a função normalmente desempenhada por Rogério Ceni, tentou acertar o canto esquerdo do arqueiro celeste, que se esticou todo para fazer a defesa, comemorada como um gol cruzeirense. Aos 38, Everton arriscou arremate de longa distância com a canhota e quase surpreendeu o goleiro são-paulino. Aos 43, Luís Fabiano rolou de calcanhar para Dagoberto, que encobriu Fábio, mas Everton salvou quase em cima da linha.
Na volta para a etapa complementar, o time do Morumbi adotou uma postura mais agressiva, atacando o Cruzeiro desde o início. Aos dois minutos, Cícero cobrou falta com violência, Fábio teve dificuldades, mas conseguiu fazer a defesa em dois tempos
Com um volume de jogo maior, a equipe paulista acuou a Raposa no campo de defesa, o que irritou o técnico Vágner Mancini, que esbravejou a beira do gramado, pedindo para o time avançar as linhas de marcação. Isso aconteceu aos nove minutos com Vitor, que cruzou com perfeição para Farias desperdiçar a chance de ampliar o marcador.
Apesar do bom lance cruzeirense, a pressão do São Paulo era grande, e acabou surtindo efeito. Aos 14, Rivaldo deu ótima assistência para Cícero, que fuzilou a meta de Fábio para empatar o jogo na Arena do Jacaré. Aos 19, Dagoberto fez jogada solitária, passou como quis pelos marcadores e tocou com categoria na saída do goleiro Fábio, para virar em Sete Lagoas.
O confronto era extremamente movimentado. Aos 26, Montillo cobrou falta pela esquerda, Rogério Ceni não segurou, e no rebote, o volante Charles empatou a partida. Sem dar muito tempo para o Cruzeiro comemorar, o Tricolor chegou ao terceiro gol com Juan, que aproveitou cruzamento de Dagoberto e, de cabeça, mandou para as redes mineiras.
Aos 36, após cobrança de escanteio, Anselmo Ramon voltou a igualar o marcador em um clássico eletrizante, que premiou os quase dez mil torcedores que prestigiaram o espetáculo. Nos minutos finais, ainda houve várias chances de gol para os dois times, mas o marcador permaneceu no 3 a 3.
Fonte: gazetaesporte.net