Monumento deve receber pintura periódica; fuligem é normal, explica Iphan

Data 23-20-2012

 

Quase um ano após a restauração que devolveu a exuberância aos Arcos da Lapa, o monumento voltou a sofrer com a sujeira e com velhos problemas que atingem sua estrutura, erguida há 262 anos e considerada uma das construções mais sólidas do Rio.

Fotos: veja como os arcos estão hoje

Um criterioso e complexo trabalho de restauro foi concluído em março do ano passado, mas as manchas da fuligem causadas pela chuva reapareceram, dando aspecto sujo às paredes. Situados no bairro mais efervescente do Rio, os arcos continuam sofrendo com a falta de educação de quem urina em suas bases, que também costumam servir de abrigo para moradores de rua.

Iniciadas em maio de 2010 e concluídas em março passado, as obras custaram R$ 1,2 milhão (captados pela Lei Rouanet) e foram executadas por uma empresa privada, sob a coordenação do Iphan (Instituto de Patrimônio Histórico e Ambiental). O restauro incluiu pesquisas arqueológicas e mobilizou uma equipe multidisciplinar que devolveu as características originais da estrutura de cal, pedras e tijolos maciços.

Iphan: manchas são normais

Embora prejudiquem a aparência do monumento, as manchas escuras são normais, porque, pela sua composição, os arcos só podem ser pintados com cal e não devem receber qualquer tipo de material impermeável, segundo explica o Iphan. Superintendente do órgão no Rio, Cristina Lodi, explica que uma das alternativas estudadas é promover, em parceria com a Secretaria Municipal de Conservação, uma caiação periódica. 

- A caiação era o tratamento mais adequado na época para esse tipo de estrutura, porque se mantém permeável e se conjuga com os materiais que compõem o interior dos arcos. A preocupação maior é com a construção, embora a preocupação estética seja legítima. Nesse sentido, os arcos estão sólidos.

Além da nova pintura, os arcos devem ganhar nova iluminação. O projeto ainda não tem data para ficar pronto.

A manutenção dos arredores do monumento é de responsabilidade da Prefeitura do Rio, por meio das secretarias de Conservação e de Ordem Pública. Um morador de rua dormia tranquilamente sob os arcos, próximo à ladeira de Santa Teresa, no dia em que o R7 esteve no monumento. Além de diversos objetos, no local havia até mesmo uma bicicleta e um sofá.

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Arcos da Lapa em fevereiro do ano passado, antes do restauro e da desativação do bondinho de Santa Teresa ( Wilton Júnior / 22.02.2010/ AE )

História

O monumento dos Arcos da Lapa - batizado originalmente de Arqueduto da Carioca - teve função fundamental para a cidade, além de ter sido considerado a maior e mais importante obra do Brasil no século 18.

A construção dos arcos foi concluída em 1726 e refeita em 1750, devido a erros do projeto inicial. Sua função era levar a água do rio Carioca desde sua nascente, na Floresta da Tijuca, até o largo da Carioca, onde havia um grande chafariz que abastecia a população com água potável, bem escasso e precioso no período colonial.

Ao longo do século 19, o monumento perdeu sua função original e passou a servir de passagem para uma linha de bondes elétricos, instalada em 1896, que ligava o largo da Carioca aos casarões de Santa Teresa, transporte que permaneceria em funcionamento até agosto do ano passado, quando um acidente envolvendo um bondinho matou 5 pessoas.

Hoje, os Arcos da Lapa são uma das maravilhas que representam o Rio, ao lado do Pão de Açúcar e do Cristo Redentor, além de servir de cenário para grandes eventos em um dos mais efervescentes e boêmios bairros da capital.

Fonte R7.com

 

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